
09 dezembro 2006
Coragem na Vertigem

04 dezembro 2006
Socorro!


(foto BCN - feito em 2002, por isso já lá vão mais 4 anos de degradação) _______________________________________
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Ilhéu dos Bois
Mesmo abaixo do Farol de Boi está este pequeno ilhéu, que também é de Boi. São dois símbolos da ilha que, bem pertinho um do outro, partilham de tudo: testemunham histórias de uma comunidade sofrida (Janela), as lendas, a maresia, enfim partilham até o Boi que lhes serve de alcunha. Companheiro inseparável do farol, o Ilhéu dos Bois confere outra beleza à vista que, à partir do farol, se tem da costa norte da ilha.
19 novembro 2006
Pegá-saia
Tradição e modernidade


Foto: BCN
03 novembro 2006
Fruta-pão


A fruta-pão desempenha um papel importantíssimo na dieta do homem da ilha (e não só). Assada, frita ou cozida, ela é ingrediente indispensável para um guisado ou caldo de peixe, pratos típicos da ilha.
Mas como se explica que esta árvore tão vulgar em Santo Antão, não exista nas demais ilhas. Segundo relatos dos

16 outubro 2006
Santo Antão de outrora

Esta apanha desenfreada fez extinguir da nossa realidade este crutáceo de água doce e salgada, tão caro quanto apetecido. Assim, aqueles que nasceram a partir dos finais da década de 70/inícios de 80 para cá, de camarão conhecem só estórias (como eu).
03 outubro 2006
Dragoeiro santantonense
17 setembro 2006
Maria de Barros em Santo Antão

28 julho 2006
Quando a falta de uma letra faz toda a diferença...
Decidi ligar a rádio. Já passava das 8h da manhã e sintonizei a RDP- África. Como de costume lá estava o jornalista David Borges com as suas crónicas e demais novidades, de resto sempre interessantes. Nesse dia, após a habitual crónica diária, contou esta:
"Atenção, e-mail pode matar! Um casal algures nos Estados Unidos planeava umas merecidas férias num lugar bem afastado da sua residência. O marido, um banqueiro de meia idade, havia entrado de férias com uns dias de antecedência em relação à esposa, esta uma professora universitária. Então decidiu que seria melhor ir desde logo até ao local para assim providênciar um canto bem aconchegante para os dois se relaxarem. Chegou num hotel, gostou das ofertas e decidiu comunicar à esposa. Mas apercebeu-se de que não tinha registado o endereço electrónico dela. Porém, desconfiava que o sabia de coro e tentou. Por azar enganou-se numa letra e a mensagem foi parar à caixa de entrada de uma mulher cujo marido tinha morrido no dia anterior. A mulher, ao abrir a sua caixa soltou um grito ensurdecedor que os vizinhos acharam estranho e foram acudí-la. Ao chegarem encontraram-na estatelada no chão, já sem vida. Um dos vizinhos vê para o ecrã do computador que estava mesmo junto da senhora e depara com a seguinte mensagem na sua caixa de entrada:
Obs: a temperatura é insuportável
Um beijo do teu amor
Então já sabe, tenha cuidado com os e-mails que escreve. Como disse o David Borges, se esta história não for verdadeira é, pelo menos, bem inventada
Momentos

18 julho 2006
RIBEIRA DA TORRE - o vale, o verde e a (falta de) estrada

Passados breves minutos, e ainda sem concluir o seu primeiro momento de espanto, o visitante é obrigado a confrontar-se com nova maravilha: dois vales profundos lhe circundam a estrada. À sua esquerda o vale da Ribeira Grande e do lado direito o da Ribeira da Torre. É deste que vou falar agora.
Estando à muitos metros de altitude, o visitante penetra o olhar nas entranhas do vale e já não quer desviar esse olhar. O alcance da vista é impressionte. Quintais de bananeiras, canas de açucar (donde sai boa parte do grogue produzido na ilha), árvores diversas, sobressaindo as famosas árvores de fruta-pão raras em Cabo Verde mas abundantes no vale, são algumas das atracções que o nosso visitante vê e que lhe desperta a vontade de meter-se vale adentro. Mas não se pode falar da Ribeira da Torre sem se aludir ao magestoso Topo de Miranda, um monte que se ergue mesmo no meio do vale e que dá nome à ribeira (foto). Este acaba por consolidar a vontade do visitante que fica ansioso por aventura-se pelas entranhas do vale.
A sua beleza foi contemplada de longe, do alto da estrada. Ao chegar à vila da Ribeira Grande, o viajante vai querer conhecer agora de perto aquele vale que tantas sensações lhe causara ao transpor a estrada Porto Novo- Ribeira Grande.
Já in loco as descobertas sucedem-se, agora ao pormenor. Vai ver água a correr as ribeiras e tanques de águas cristalinas, inhames verdejantes que vão dançando ao sabor da água que lhes toca o caule, gente acolhedora que o convida para deliciar uma banana ou uma manga, enfim...
No final da sua aventura pelo vale, que muitos já classificaram como dos mais belos de Cabo Verde, a satisfação é plena e o orgulho de ser-se cabo-verdiano é, de certeza, reforçado. Apenas uma tristeza ficará – e esta não é por culpa ou falta de vontade da sua gente: a estrada para o vale (ou a falta dela)
De facto as gentes do vale clamam por uma estrada decente, uma rodovia que resista às cheias, porque aquela que há não passa de uma abertura feita pelos caterpilares. Esta é levada ao mar cada vez que corre as cheias. Mas a penúria não reside apenas no facto de esta “estrada” ser anti-chuvas/cheias. Ela é o itinerário de centenas de estudantes que sob o sol ardente demandam diariamente os bancos da escola na vila da Ribeira Grande. São obrigados a suportarem a fumaça deixada pelas viaturas que vão passando e do vento que não tem piedade de ninguém.
Costuma o povo dizer que uma estrada é o principal motor de desenvolvimento de qualquer zona. Ora, se se levar em conta a importância desempenhada pelo vale da Ribeira da Torre na economia de Santo Antão (e não só) visto ser um dos celeiros da ilha, então é facil perceber a ansiedade dos seus filhos em ter uma estrada condigna que lhes possa facilitar a vida à todos os niveis.
Não é facil aceitar que, por época das chuvas, haja produtos a perderem-se porque as cheias levaram a única via de escoamento dos mesmos. Por exemplo, constantes são as ocasiões em que dezenas de cachos de banana ficam amontoados nas margens da ribeira, e não há forma de os tirar dali porque a estrada desapareceu com um simples ribeiro provocado por uma chuvada. Também, frequente é um agricultor ter que pagar a alguns trabalhadores para que, com enxadas e pás, abram um pequeno traçado suficiente para uma viatura chegar até ao ponto onde estão os produtos, impacientes a aguardarem a sua viagem até ao ponto de venda (Porto Novo e São Vicente, principalmente)
Enfim, são várias as dificuldades por que passam os muitos habitantes do vale, causadas pela falta de uma estrada em condições. Tais dificuldades poderão ser debeladas com a construção de uma ESTRADA de penetração que, ao contrário daquela via que temos, resista às cheias e poupe os torreenses de esforços suplementares.
Com esta infraestrutura nós, os filhos do vale, vamos poder ver a nossa ribeira caminhar sob a estrada segura do desenvolvimento. E o nosso visitante já não terá motivos para torcer o nariz. E quererá voltar, sempre.
02 julho 2006
SINTA10

28 junho 2006
Saudosismo

Quando as ladeiras sem dono e sem cmida eram geometricamente demarcadas para recolha de matéria prima (tijolo vegetal)
Quando se antecipava a vinda da chuva (mais ou menos por esta altura) e se guindava nos cumes da casa
Quando ainda se preparava a cachupa e peixe seco para os heróis que montavam os cumes das casas, muitas vezes quase a desmoronarem e enfiavam palha e corda de pernas esticadas uma de cada lado qual cavaleiro em tourada
Saudades de um tempo passado ou um olhar encantado sobre uma obra que ainda persiste em tempos de TECNICIls e IÉFAGÁS?
21 junho 2006
A ilha em livro

Histórias que nos obrigam, enquanto o sono não vem, a viajar pelas entranhas da ilha, revivendo a infância, megulhando no quotidiano das comunidades que só(?) podiam dar a cara num livro de um filho desses cantos escondidos.
Histórias de gente anónima e conhecida, famosa e ignorada, sábia e analfabeta.
Histórias de figuras castiças que nunca, certamente, ter-se-ão sonhado com o seu rosto num livro, mas que agora percorrem o livro de folha à folha, ainda que não conheçam o B-A-BA
A ilha te agradece, Paulino, por teres tazido à ribalta esta nossa gente, estes nossos heróis sem nome, estas simples localidades, este dialecto, esta sabura...
12 junho 2006
A (marav)ILHA
07 junho 2006
A (DES)ESPERANÇA DA VIDA

06 junho 2006
666 - diabo? besta?
Por exemplo, quando a gigantesca fábrica de CPU Intel introduziu o Pentium III 666 MHz em 1999, eles escolheram para o mercado o Pentium III 667 com o pretexto que, a velocidade 666,666 MHz não era mais específica que 667 MHz.
04 junho 2006
A MIM Ê DI LI

26 maio 2006
Este poema que vos deixo...
Morrer vivendo p’ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório o paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai, quem me dera ser doido também
P’ra suportar melhor quem tem juizo
António Aleixo - in Este livro que vos deixo
O snobismo da sociedade actual
Por isso quero ficar na cama
Dormir, dormir, dormir
E quando acordar quero ver Domingo da Gente porque todos o vêem e também sou gente!
Ontem era sábado. A minha amiga foi àquela festa com um vestido que deixou-me a pensar a noite toda.
Perguntei onde é que ela o comprou. Não ficou lá muito contente por ter feito tal pergunta mas acabou por me dizer onde comprou e quanto custou.
A minha mesada não dá para comprá-lo mas já comecei a fazer uma poupança para ver se ainda este mês consiga tê-lo. Mas tem que ser já! Se demoro, ou sai de moda ou torna vulgar. Por isso, agora sequer estou a comprar aquele chocolate que adoro, pa-m pode popa
Por causa daquela telenovela que está a passar agora na tv, toda a gente la na escola veste como ela que é toda poderosa. Hum, eu não gosto da maneira de vestir dela, mas as minhas amigas todas gostam, logo, não vou ficar de fora, né?
Ontem usei aquela expressão que agora está na moda e um meu colega perguntou-me aonde fui arranjar aquilo. Toda a turma riu-se do coitado. Realmente o palerma não está neste mundo. Já aconselhámo-lo a fazer uma reciclagem.
Pooooxa, quel carrão lá, pá. Quel e nha sonho!!! Nha pai, quel antiquado comprá um cosa d’one 60, já’m dzel que el tem que sintonizá. Ma el ê teimoso. Bo sabê manera que ques gente lá ê, nem?
Filho, não deves fazer isso! Ah, mãe, deixa-me em paz, todos fazem e eu é que não vou fazer??? esta na moda, mum!
Filha, porque não usas aquelas calças que te comprei no ano passado? Nãao, são bonitas, gostava delas, mas já não estão na moda
Mas, filha agora já não há outra palavra que não seja moda? Ah, mãe, moda está na moda, e o que ta na moda não se incomoda. E moda Djony que comprá quel skoda. Tud gente dez’l que el era fei ma el dez que skoda te na moda.
Agora la na quel salão es te estód te feze quel pentear de quel mnina daquel publicidade, poxa agora, pe consegui um vaga bo tem que marca’l que antecedência.
Pooxa, e-m escreve descuidod, gora que ja-m repara! Ah, nao faz mal ta na moda
12 maio 2006
(CLAN)DESTINO - casta de destino ê ess?

Uma vez interceptada, a embarcação foi encaminhada para o Porto da Praia. Sob escolta policial, os ocupantes foram desembarcados e encaminhados para a Esquadra Policial da Achada Santo António. Permaneceram dias no país, tendo alguns activistas dos direitos humanos levantado algumas questões sobre a forma como estariam a ser tratados. Depois o governo encarregou-se de devolver os emigrantes aos seus países de orígem, tendo para isso, alugado um navio.
Já este ano, no mês de Janeiro um barco de pesca com 237 passageiros clandestinos oeste-africanos que pretendiam viajar para a Europa foi interceptado pela Polícia cabo-verdiana nas imediações do Porto da Palmeira, na ilha do Sal. A embarcação, baptizada com o nome "Florence" matriculado no Senegal, esteve ancorado durante algum tempo do Porto de São Vicente para reparações. Depois de deixar aquela ilha, o barco passou pelo Sal, onde teria recolhido grande parte dos candidatos à emigração ilegal. Segundo relatos dos clandestinos às autoridades cabo-verdianas, cada um dos passageiros pagou entre mil e mil e 500 euros para serem transportados inicialmente para as ilhas Canárias, de onde seguiriam posteriormente para um país europeu. O desfecho foi trágico, já que um bote que transportava os passageiros da terra para o bordo do "Florence" ter-se-ia afundado com várias pessoas a bordo. Mais tarde alguns corpos viriam dar à costa.
Na semana passada, mais um caso: desta vez, vindo do largo da ilha Brava, as autoridades marítimas recebem um SOS de um barco que estaria com uma avaria. Partem em direcção ao barco, regatem-no e mais tarde descobrem que, para além da tripulação, havia mais de cinco dezenas de emigrantes clandestinos fechados no porão do pesqueiro.
Agora, lá estão os pobres desgraçados atracados no porto da Praia, à bordo do navio, a espera de um repatriamento. A Cruz Vermelha de Cabo Verde vai assegurando-lhes uma refeição por dia, até o momento de zarparem as águas rumo aos seus destinos, de onde querem a todo custo fugir.
25 abril 2006
Soft News semanal

Dois empresários da Cidade da Praia estão em greve de fome desde a passada sexta-feira, 21 de abril. Os grevistas reclamam a propriedade de um estaleiro na zona de Achada Grande, que dizem ter comprado em 1998 e que foi agora vendido pela Camara Municipal à CVC. Lourenço e Carlos de Pina mostram-se dispostos a ir até ao fim com a sua forma de luta. Esta terça-feira os dois empresários receberam a visita de elementos da bancada parlamentar do MPD, e em declarações à imprensa disseram que se não forem atendidas as suas reivindicações o fim último é morrer.
Colocar a vida em risco para defender uma propriedade, eis o método.
T

A thugomania que invadiu a capital do país ultimamente continua a fazer das suas. Este jovem da Achada Grande-Trás foi vítima, na semanaa passada, dos desaforos dos chamados thug e quase que sucumbiu por entre golpe de facas e machins (cerca de 8 golpes por todo o corpo). Tudo terá acontecido nas imediações da discoteca Zero Hora.
Nha Terra nha Cretcheu

Esta Terça-feira o PCA da RTC, Marcos de Oliveira, deu uma conferência de imprensa, explicando os meandros do contrato, que considera normal e recorrente entre os media e outras empresas. Ah, nha terra, bo ê nha cretcheu.
24 abril 2006
Rumores

de sê linga que te escoá n'uvid el te zni séb (moda te dze Cordas do Sol)
de ses rotcha que te po um vsitante que frio ne bérriga
d'um enxada de um camponês te escrepá tchon ne mei de pedra
Rumores das coisas simples da minha ilha
de se grog
de se gruguim outrora famoso ma que gora ti te estragá
de ses rbera chei d'aga
de um mulher ne mei de rbera te lavá ropa cum cónhot tervessod nó boca
de um Maria Joana te rbá meradé-riba de avental, lenço ne cabeça e pe nô tchôn
Rumores das coisas simples da minha ilha
de um contra-dança ne Figueiras
de um Valsa cherriada de tempe de nh'avó
de um Colá Son Jon moda Nhe Lolita
de um btá saúde moda Nhe Da Cruz, cónd um fi de tal flón te caçá no sorça ma filha de quel ot moer
Rumores das coisas simples da minha ilha
de um Juventude em Marcha te fzê conjada ma ses consoada
de um Cordas de Sol mas ses Viva Quel Bol te sbi Selada e dtchê Covada
de um Mikinha ma Kel Tempe
de um Naiss ma se Antoninha que bé estragá ne Soncent...
Rumores das coisas simples da minha ilha
de Bulimundo ma codizina de senhor Rei
de ques estória de cpotona ma ctcorrona
de ques artigo de Paulino n'asemanaonline te fze'm sinti sodéd de nhé ilha
enfim, de ses gent, uns amor de gent, sem veidéd nem meldéd
20 abril 2006
Monumentos e sitios

Em Cabo Verde temos uma diversidade patrimonial que considero inversamente proporcional às ínfimas dimensões geográficas do nosso país, composto por pedacinhos de terra. No entanto, este espólio de monumentos e sítios ainda carece de uma atenção especial, salvo algumas iniciativas como é o caso do programa que a Margarida Fontes nos vem brindando ultimamente. Mas isso é apenas um cheirinho do muito que poderá ser feito em diferentes latitudes.
Pois é, J.M.Semedo, homem atento e de faro apontado para todas as direcções, disse que "todos falam da Cidade Velha e ninguém se lembra de Alcatraz", sítio onde ficava a outra Capitania criada na altura do povoamento em que a ilha de Santiago fora dividida nas capitanias do Sul, com sede na Ribeira Grande e a do Norte, com sede em Alcatraz.
O reparo do geógrafo veio mesmo a calhar. Tive o privilégio de visitar o sítio há bem poucos dias e pude constatar a beleza e o aconchego da baía ( foto em cima), o que certamente terá despertad

Bem, há dias uma equipa de arqueólogos do Reino Unido, que esteve em escavações no outro lado da ilha, Cidade Velha, visitou o sítio e... talvez se vierem a manifestar interesse em efectuar trabalhos no local, quem sabe o nosso pobre Alcatraz venha a ser relembrado. Assim até poderá bradar: "Cidade Velha, ainda te lembras de que também eu tinha um capitão donatário?"
Mas a nossa diversidade patimonial é espantosa e não se resume àquilo que nos foi legado pela história feita de senhores brancos, escravos, povoamentos, enfim.... Na nossa diversidade patriminial temos montanhas, ribeiras e vales profundos, edifícios, ilhéus, vulcões (muitos extintos), construções heróicas (um Delguédim,
08 abril 2006
Entardecer na cidade

07 abril 2006
Omnis perit labor
24 março 2006
Sinta10...com o encanto de uma ilha

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Sabedor, simples, afável e bonita é a tua gente

Agradável clima, sempre fresquinha e temperada
Narcotiza qualquer visitante
Transporta a vida para o Éden
Opulento em belezas naturais
Alteroso em manifestações culturais
Nô bé colá Son Jôn, Son Jôn reveltiód
Terra de mil maravilhas, mil esperanças
Aventura-se pela ilha
Onde dirás - Ó que terra sabe nha gente
Djédjim Neves
23 março 2006
CABO VERDE ilha a ilha
Dez ilhas, dez realidades, varios costumes, uma cultura

Santo Antão - sempre primer (ma mi'n den culpa)
Etê gozói inda ê trediçon e el te incontród ne tud nhe dimenson. Se bo bem né mim nunca més bo te escsê: se bô bem c'fom bo te bé fórt; se bo bem triste bo te bé content.

São Vicente - Mim é vizin de sintanton ma nem por isso...
mut cosa no tem semelhante.
Li no tem Porto Grande e sê
baía espantosa, orgulho de tud nôs. Mindelo, cidad alegre, paraiso pa mundano. E-m tem
festival de Baía, e-m tem mas alguns cosa...

São Nicolau

Haahahaha, bi, jo-m bem fale tembem. Li e-m te dob atum, e-m te dob farinha de pau... e-m tem rotcha Scribida, e-m tem seminario, e-m tem Chiquinho, e-m tem Paulino Vieira. e-m tem tcheu intelectual ma infelizment mut dez sta patchi par loa.


Boa Vista - mim tem Santa Monica, Chaves, Curralinho... Dunas, Praias, tâmara, agora ê aeroport internacional. Ó Deus Maior e Deus, Ó Deus Calamidade, Bubista já manchê..
Maio - a mim ê piquinoti ma nha curaçon ê grandi. Na mim bu t'incontra madjôr área florestada di Cabo Ve


Santiago - Aaaavemaria! pakê pâpia di mim. mim ê mas grandi qui tudu alguem.Ê mim ki teni capital. Ê mim ki teni mas tcheu alguem. Mim ta recebi guentis de tudu cou. Di santanton ti Brava. Mim ta ra~pica funaná sem manha.
Fogo - Dixan fra di mim tooommbê. Aaali an tene tcheu qui frâ. Uva, vinho, cafe ê cu mim. Nha vulcon gó, ta po nhôs tuuudo cu meeedo di mim. Ma mim e fixe. Nha poovu ê dreetu. Du ta fervi qui nem vulcon. ma du ca ta ofendi cumpanheeeru. Sicrê a bo ê Djuzê, Bicenti, Anrique, Salumon, Manel, du ta da fixe.

22 março 2006
P'la objectiva
Nós e a nossa Cultura II

Há dias os cabo-verdianos tiveram a oportunidade de acompanhar na RCV uma longa conversa com a Cesária Évora (coisa rara neste país ouvir durante cerca de hora e meia a Diva a responder questões de um jornalista.) Nessa mesma semana se podia ler num dos nossos jornais duas páginas de entrevista com a mesma artista. A este respeito bem que Nha Balila poderia dizer “Cesária está na moda”. Mas atenção, se ela agora está na moda aqui em em Cabo Verde, na terra dos outros há muito que está.
Já agora, para quando uma estátua da Diva dos Pés Descalços nestas nossas cidades? Como diz o Pofessor Victor Da Rosa*, vindo lá do Canadá – “Voçês devem muito à Cesária Évora. Se este país é tão conhecido não é por causa dos vossos políticos nem outros, mas sim por causa dela. Eu se fosse os vossos governanates arrancava aquele Diogo Gomes lá do alto do Plateau e em seu lugar colocava um monumento à Cesária Évora”
*Professor da Universidade de Ottawa, Canadá. Está em Cabo Verde para efectuar um estudo sobre o regresso dos emigrantes de Portugal e EUA.
09 março 2006
Oi GRILID
Fraternidade
06 março 2006
ESS QUÊ NHA TERRA

Antes de dobrar a esquina que dá para a casa do amigo, eis que deparo com ele na soleira de uma casa a jogar oro com um ancião. Hum, há quanto tempo não vejo esta imagem! Por instantes dou algumas voltas à cachola e recordo a minha infancia lá na pacata Ribeirinha de Jorge, zona do espantoso vale da Ribeira da Torre, Santo Antão. E lembro-me das joguinhas de uril (assim dizemos lá na ilha) que, de forma apaixonante fazíamos eu, meu irmão Jair e o Dêc, este último um craque que hoje se encontra lá nos States. Os nossos tabuleiros, imagine, eram doze buracos perfurados no chão. Escolhíamos um lugar onde a terra era dura e nivelada e então desenhávamos geometricamente os buracos, seis de cada lado. Como bolas de uril usávamos semestes de algumas árvores, mas também pedrinhas redondas e até bnic de cabra.
Ponho um stop na minha divagação e “desço” para a realidade que me circunda. Após fecharem uma ronda o meu amigo levanta-se e dirigimos à casa dele. À nossa espera uma mesa recheada, onde não poderia faltar o famoso cuscus com mel. Momentos depois o estômago de cada um de nós estava bem regalado e saímos em passeio pelos arredores da vila.
Cerca de uma hora depois regressámos à casa do anfitrião. A mesa está novamente reposta. Agora é almoço. Huf, quanta comida: couve, mandioca, peixe seco, arroz, xerem, enfim comida da ocasião. Volto para os meus botões e exclamo: - esta que é tradiçon di terra. E digo aos meus confrades que me acompanhavam: "Rapazes, não enchem o saco todo, porque vamos ter que visitar mais três ou quatro amigos. E olhem que eles não nos perdoarão se recusarmos as suas cozinhadas de cinza." Ê tradiçon di nha país.
CRIOL Ê BUSÓD
Enton, pa oiá quê realmente criol ê busód (xuxanti) te fcá registód alguns pirraça que te cuntcê quel ne dia-a-dia:
Es te contá que lá na ilha es prometê um senhor bon dnher se el pudesse dzê em 3 segund 3 palavra que te começá pe letra A. Enton el raciociná cum pressa el dzê: oçucra, orroz, orrlos...cuitód, fca sim dnher!
Algo parecid cuntcê que nhô filipe, omi lá de Djar Fogo. El incontrá ma um compatriota ne Sucupira, es po te falá de ses vida. Nhô Filipe voltá pa se interlocutor el dzêl: "a mim em teni Quato fiiidjo: - A, B, C e D. A di Anriqui, B di Bicenti, C di C(S)alomon e D di Djusê.
E esta eh...?
Conversa de namorados e ... tempos (verbais)
quem contá tava te passá ne sê caminho sosegód.. El uvi... ma pront, el ca tem culpa
Namorado: lembra ma bu ta flaba sempri ma bu ta amam
Namorada: A bo dja'n ca crebu mas
Namorado: poxa , ê ca bo qui ta flaba sempri ma mi era tudo pa bo?
Namorada: ah, si bem qui bu fla dretu: era, futuro, ja passou....
CARA DE PAU
Alguem cunquí na porta de Nha Joana. Nha Joana bé abri porta te corrê porque ês tinha cunquid tão fort...
Quónd el ébri porta el depará c'um Dona gorda e que presentá com cara mau: "e-m bem dzê bocê que quel catchôrr de bocê comem dois galinha
Nha Joana voltá ne descontra: "oh, muito obrigada pa ess aviso que bocê teve consideração de bem da-m. Assim hoje já-m ca ta precisá de preocupá em ranjá jantar pa nhe catchurrim
05 março 2006
RACISMO - será o cabo-verdiano um povo racista?
