20 março 2014

ORGULHO DE NHE R'BÊRA



Orgulho de Nhe Rbêra

Fiquei muito orgulhoso quando, há dias, dando cobertura ao encontro entre o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, e o seu homólogo do Senegal, Macky Sall, nas Instalações provisórias da Presidência da República de Cabo Verde, deparei-me com um enorme quadro onde o motivo da pintura é nada menos que o meu Vale da Ribeira da Torre.

Obrigado caro colega e patrício Ricardino Pedro que de pronto feze'm exe foto, porque na hora um tava desprevnid de câmara.

Recordando Nhô Kzik

A 18 de Março de 1911 nascia na localidade de Corvo (Santo Antão) o violinista conhecido por Nho KZIK, um dos melhores violinistas deste país que faleceu a 01 Dezembro 2005.
Deixo aqui a efeméride comentada pelo colega jornalista António Silva Roque, da Rádio de Cabo Verde.
Natural da localidade de Corvo Santo Antão Nho Kzik sustentou a família durante os seus 94 anos de vida com pedreiro e barbeiro no concelho que o viu nascer. Mas a sua notoriedade veio através da música. Pedreiro durante o dia com a sua marreta e a noite essa marreta transformava-se em violino reza assim a lenda
Em 2005, a morte ceifou-o do nosso convívio, restando a consolação de escutar as suas composições no disco “Recordação”, o único da sua carreira.
Fazendo retrospectiva da sua vida consta que aos 20 anos, após várias experiencias tornou-se pedreiro.
Com mérito próprio conseguiu fazer ouvir a sua música em outros palcos nacionais (Festival Baía das Gatas 1997, Festival Sete Sóis Sete Luas 1998, cidade da Praia) e internacionais (Expo Lisboa 98). Gravou um único CD mas de elevada qualidade estética, um registo que fica para posteridade.

Nho Kzik fica na história como homem que soube interpretar a nossa psicologia colectiva através do seu violino. Morreu e deixou a obra para o deleite de todos nós.
Veja a pereformance do Nhô Kzik aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QXnVVWkbKHU