Fiquei muito orgulhoso quando, há dias, dando cobertura ao encontro entre o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, e o seu homólogo do Senegal, Macky Sall, nas Instalações provisórias da Presidência da República de Cabo Verde, deparei-me com um enorme quadro onde o motivo da pintura é nada menos que o meu Vale da Ribeira da Torre.
Obrigado caro colega e patrício Ricardino Pedro que de pronto feze'm exe foto, porque na hora um tava desprevnid de câmara.
A 18 de Março de 1911 nascia na localidade de
Corvo (Santo Antão) o violinista conhecido por Nho KZIK, um dos melhores
violinistas deste país que faleceu a 01 Dezembro 2005.
Deixo aqui a efeméride comentada pelo colega jornalista António Silva Roque, da Rádio de Cabo Verde.
Natural
da localidade de Corvo Santo Antão Nho Kzik sustentou a família durante os seus
94 anos de vida com pedreiro e barbeiro no concelho que o viu nascer. Mas a sua
notoriedade veio através da música. Pedreiro durante o dia com a sua marreta e
a noite essa marreta transformava-se em violino reza assim a lenda
Em 2005,
a morte ceifou-o do nosso convívio, restando a consolação de escutar as suas
composições no disco “Recordação”, o único da sua carreira.
Fazendo
retrospectiva da sua vida consta que aos 20 anos, após várias experiencias
tornou-se pedreiro.
Com
mérito próprio conseguiu fazer ouvir a sua música em outros palcos nacionais
(Festival Baía das Gatas 1997, Festival Sete Sóis Sete Luas 1998, cidade da
Praia) e internacionais (Expo Lisboa 98). Gravou um único CD mas de elevada
qualidade estética, um registo que fica para posteridade.
Nho Kzik fica na história como homem
que soube interpretar a nossa psicologia colectiva através do seu violino.
Morreu e deixou a obra para o deleite de todos nós.
Veja a pereformance do Nhô Kzik aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QXnVVWkbKHU