Cenas d'A Outra Face da Lei (Fotos: BCN) |
Não cheguei a encontrar os célebres tribunais populares, ou de zona, mas cresci a ouvir falar deles, e as vezes quando se referem à esses tribunais até fico com a sensação de ter convivido com eles. Histórias famosas ficaram associadas aos tribunais de zona, muitas com uma boa dose de anedotas, é certo. Desde aquele burro que, por devorar as plantações de uma horta de um fulano, foi condenado à prisão (quer dizer à estábulo) perpétua; passando por aquele cão que por ter mijado numa rua "proíbida" foi-lhe dado a sentença de não passar naquelas redondezas durante uns três meses. (aliás o juiz do tribunal popular da peça A Outra Face da Lei vangloria-se disso mesmo como tendo sido um dos seus feitos que mostram que ele não atura desaforos).
A Outra Face da Lei fez-me viajar pela minha ilha adentro (é impossível não fazer este exercício, inconsciente até, sempre que assisto á uma peça do Juventude em Marcha). Com o julgamento de Aníbal, por exemplo, lembrei-me daquele fulano lá de Lugar de Guene (contemporâneo dos meus irmãos mais velhos) que foi condenado lá no tribunal de nho Iszê M'guêl a uns dezenas de palmatórias por ter tród Nhô Móne um vento méf que ninguém tava podê suportá. (um buf, entende-se).
A peça apresentada este sábado (21 Janeiro) na Assembleia Nacional revela mais um trabalho de intensa pesquisa por parte do Juventude Em Marcha De todo o modo, penso que na parte final, os largos minutos de "terror" poderiam ser amainados. É certo que a intenção é boa, castigar duro para que depois haja redenção, mas para quem tem medo de gongon...
... ainda por cima agora que se volta a falar dos outrora famosos e temíveis "Monçongos"! Afinal, os "Monçongos", que já estavam em vias de extinção, parece que ressuscitaram (é, pelo menos, o que tem sugerido alguns jornais ca do burgo)
... ainda por cima agora que se volta a falar dos outrora famosos e temíveis "Monçongos"! Afinal, os "Monçongos", que já estavam em vias de extinção, parece que ressuscitaram (é, pelo menos, o que tem sugerido alguns jornais ca do burgo)
OBS: Há dias, numa entrevista à RCV Jorge Martins disse que o Juventude em Marcha deve ser chamado de Juventude em Marcha de Cabo Verde e não apenas de Santo Antão porque, segundo o actor, lá onde estiver, o grupo representa o país inteiro. Já bsót séb!