Este é o post nº 100 do Sinta10. Há cerca de dois meses de completar 3 anos, uma centena de postagens não constitui, certamente, motivo de celebrações. Com um ritmo bastante irregular e descomprometido, este canto vai esgrovetando como pode a sua ilha querida. Uma missão que, decididamente, não pensamos abandonar tão cedo, pese embora algumas hibernações sazonais.
29 setembro 2008
17 setembro 2008
Estritin
Esta é mais uma das maravilhas escondidas de Santo Antão.
Fotos: BCN
O nome do recanto é Estritin (vamos traduzí-lo por Estreitinho). Fica situado nos confins da ribeira de Caibros, vale da Ribeira Grande. Depois de passar pelo povoado, infiltra-se pela ribeira adentro e ao fim de uns 20 minutos a subir... huf! que maravilha! Uma linda cascata, ladeada por montanhas que atingem o céu. A água da cascata é fresquinha e cristalina. Não se pode resistir e um mergulho torna-se imperativo. Mas as maravilhas são tantas! Mesmo ao lado da cascata, do lado esquerdo nasce uma outra água, esta totalmente diferente: de coloração alaranjada (férrea), deixa por onde passa um rasto multicolor. Nas grutas por onde escorre forma-se espantosos estalactites e estalagmites. Ao alcançar este esconderijo a adrenalina fica em alta. Um misto de encanto e medo invade o visitante que se assusta com o autoritarismo das rochas a nos escoltar com um olhar medonho de cima para baixo.
Uma descoberta verdadeiramente arrojada (ou o local não se chamasse Estritin e fosse mesmo inrrojód). Mais palavras p'ra quê? As imagens são soberanas.
Fotos: BCN
12 setembro 2008
O vale, a chuva e o verde
... e porque será que o cabo-verdiano anseia tanto pela chuva? A minha Ribeira da Torre, que neste momento bem se poderia chamar Ribeira d'Água, já é tão linda sem chuva, ki fari go...
Fotos: BCN
10 setembro 2008
O vale, o verde e a (falta de) estrada (II)
Para não variar, o meu vale voltou a ficar isolado. A chuva fez correr muita água e a indefesa estrada (?) de terra batida correu para o mar. Mas desta vez a vítima não foi apenas a rodovia. Árvores desabaram em cima dos cabos de electricidade e o vale ficou dias sem energia. Agora, dizem, o vale vai ter estrada asfaltada, uma espécie de cobra negra, como diz o Paulino, a desfilar lânguida por entre margens e encostas verdejantes do vale.
Realmente é algo estranho, ver uma cobra, ainda por cima pretona, a deambular pelo vale adentro. Cobras que, a existirem pelas bandas, só se forem minhocas ne tchon de bananeira.
Para complementar (re)leia este post
Linda
Acabo de regressar da ilha. A chuva disse lovód nome Déus, os campos estão pintados de verde, a terra tem agora outra cheiro e outra pinta. Vi cascatas, cachoeiras, aga na rbêra. Ah, minha ilha é linda, lindíssima. Sintanton, como te quero! quero-te tanto... assim como o Abrão quer Santiago! Ahhh, e és linda, muito linda, lindíssima.
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