27 julho 2009

Visões

1. Visão Global - Na útltima edição (26 jul) do programa Visão Global, da TCV, Corsino Tolentino nas suas notas finais, propôs a realização de uma edição do programa na ilha de Santo Antão. Dizia ele que há muita coisa para falar sobre a ilha, desde logo a começar pela questão da descentralização.

Fiquei feliz! É muito bom ver pessoas do gabarito de CT fazer propostas como estas, desde logo porque a ilha de Santo Antão tem sido bastante esquecida ao longo dos anos (não, não se trata de um clichê, até porque tenho pouco jeito para alimentá-los. Trata-se, antes, de uma constatação)

Por exemplo, desde inícios dos anos 80 que os produtos agrícolas da ilha são embargados por causa dos milpés, sem que ninguém, ao longo de loooooogas duas décadas e meia, se tenha manifestado. Aliás o problema passa mesmo à leste dos círculos in da (alta) sociedade (b)verdiana. Outros há que desconhecem por completo o problema que tem deixado a ilha isolada e abandonada à sua sorte (à seu azar, queria dizer)

Agora, surge a notícia de que dentro de 10 meses, a ilha poderá exportar seus produtos para todas as ilhas, e para o estrangeiro, graças ao Centro de Pós-Colheita, Conservação e Inspecção, a ser construído em Porto Novo. Espero que o projecto venha a se concretizar no prazo estabelecido, quanto mais não seja para que possamos vangloriar de um dia terms conseguido fintar a PDM (nada de confusões! Para não estrapolar, clique aqui)

2 Visão sólgód - Há dias via no Jornal da Noite da TCV, uma reportagem na qual os moradores de Porto Mosquito, localidade do concelho da Ribeira Grande de Santiago, reivindicavam o facto de há já alguns meses não terem acesso aos sinais da TV pública nacional. Voltando as antenas para a outra Ribeira Grande (a de Sintadés), pus-me então a pensar: - coitado dos moradores da Freguesia de Santo Crucifixo, Santo Antão. Os pobres diabos já levam mais de 2 anos a ver (apenas) areia saltitar freneticamente no ecrã das suas TV's, quando, involuntariamente, pressionam o botão onde deveria estar programado o tal canal.

A população da freguesia, por razões óbvias (???) não tem uma câmara para a qual poderia fazer biocos e dirigir choros do género: nu mesti odja notícia, novela... a nos é koitadu, nu ka teni nada fozi, inda nu ta paga... Humms, estou a ver, sim, o rosto de um homem de meia-idade, ar sério, de boné à cabeça, a dizer para um microfone de cone alaranjado: nôs é eskcid, no te fká p'rei ness ku de mund, no'n d'oiá um nutiça, nos têmbê no m'stê oiá Valdmar Pires, novela, e otrôskosa k (e'n) t''intressóns. Afnal no te pagá um taxa de kués 500 melrrês...


Pois, a população local, paga a sua taxa mensalmente e em troca recebe areia nos olhos. Poxa, 2 anos te salgá uns gent oi, convenhamos, é muita méldéde! Um verdadeiro atentado aos Direitos Humanos, pá!

Soube agora que a RTC já prometeu resolver o problema nos próximos tempos. Bem...

1 comentário:

Valdevino Bronze disse...

Esperemos que seja desta, amén!
Eu acredito que sim... e já agora, só mais uma coisinha, AS ELEIÇÕES ESTÃO A PIOXIMAI, como dizia nhe Firmine!
Abraço