25 maio 2010

Pê sujo



"A poeira levantada pela movimentação de viaturas e máquinas nas obras de construção da estrada de penetração no vale da Ribeira da Torre provoca transtornos às pessoas que vivem no vale e trabalham na vila da Ribeira Grande.
A denúncia é feita por esses utentes que dizem chegar ao trabalho cheios de pó e pedem que a empresa passe a molhar o piso da estrada de terra batida."
Homero Fonseca, RCV.

A propósito disso, lembrei-me das nossas jornadas diárias à caminho da escola, algo sobre o qual um dia escrevi aqui.


foto: BCN

19 maio 2010

Abóle perfumód

Por estes dias a terra tem dado sinais de querer tremer na ILHA. Desde o passado domingo que tem havido relatos de pequenos tremores de terra, o que tem deixado os sintadezenses algo apreensivos, porquanto não é muito comum a terra fazer rebuliço por estas paragens. 

Alguns órgãos de comunicação social nacionais têm acompanhado, de forma mais ou menos atenta, o desenrolar da situação. Por exemplo, hoje fiquei a saber que em Fajâ Domingas Bentas, "um frasco de perfume, colocado na cabeceira da cama, terá caído em cima de um jovem que na altura se encontrava deitado" Uaabaaaak, esse kê abóle,  uma notícia, ou melhor, um abóle perfumód, pá!!!!

Bruno Faria, um especialista da área, já pedi pa maltas estód dsegód, porque isso poderá ser (apenas) a libertação de tensão por parte das rochas (ês devê estód stressód, digo eu). 

O Boss da Administração Interna também já reagiu, a partir das Canárias, onde se encontra em visita de trabalho. Lívio Lopes  disse que o executivo está a acompanhar a situação com a devida atenção. Até comparou Sintadés com a ilha Brava, onde, como disse, a actividade sísmica é, de longe, mais intensa do que Santo Antão.

Por isso, maltas, e'n nê pe bsot tremê ke medo.... so terra já basta!!!  (ma, gent e'n de brinncá ke kosa séria, assim diz mamãe).

FOTO: Um vulcãozinho algures entre Janela e Porto Novo 
(Por: BCN)

18 maio 2010

07 maio 2010

S'bi Montanha (B'eská k'fêzê)

Há dias via na Televisão Nacional um programa sobre o combate às drogas. Nessa edição, falava-se do alcoolismo no concelho da Ribeira Grande de Santo Antão (a verdadeira droga no concelho chama-se grog)
Numa determinada altura, quando a jornalista entrevistava alguns jovens, uma moça respondeu que no concelho "não há nada para fazer, não há nada para ocupar os tempos livres". Nisto, a repórter replicou: Mas, com tantas montanhas, tantas paisagens lindas, voces não fazem campismo ou outras actividades do género?" visivelmente desconcertada e meio atabalhoada, talvez por causa do termo (campiiiissmooo!!!!) a  moça deixou sair um Não, meio com a boca, meio com a cabeça.

Pois bem, campismo, caminhadas, escaladas... ai como adoro escalar montanhas e sentir a brisa bem fresquinha, ver a paisagem de um outro ângulo, experimentar o (des)conforto da vertigem e fazer umas fotos d'riba pr'ó bóxe. É uma das minhas ocupações preferidas na ilha onde "não há nada para fazer nos tempos livres"

As fotos, feitas no último verão, mostram duas escaladas distintas: uma ao Topo de Miranda e outra feita no percurso Planalto Leste - Ribeira da Torre.