09 novembro 2012

CORVO E O ENCANTO DE UM RECANTO ISOLADO




Sempre que estou de ferias na minha ilha não resisto em dar uma passadinha no Corvo, o tal lugarejo que me encantou e pelo qual me apaixonei desde a primeira vez que visitei o local, em 2001, levado por uma colega de turma do liceu, que me integrou numa comitiva de jovens da igreja católica em trabalho social naquela comunidade. Aquela antiga colega do Liceu Suzete Delgado hoje é minha mulher.

Confesso que sou um apaixonado por lugares recônditos, onde não vão os carros. Não sei de onde veio esta paixão meio invulgar, mas certo é que recantos desse tipo me fascinam. É sempre uma delícia para os meus olhos verem a água cristalina a fluir barulhenta por entre os inhames, poder ver os patos que fazem dos pequenos lagos seus mundos, ouvir à noite o barulho dos sapos, e dos grilos, porque ainda os há no corvo. As gentes do Corvo são muito acolhedoras, gente bonita e alegre, de fino trato.

Corvo é um retiro.... Estar no corvo é poder ter um reencontro com aquele mundo que recordamos com saudades e que costumamos dizer que já não existe. Aquele mundo da simplicidades e da pureza, aquele mundo onde ainda se deita com as portas e janela abertas para se poder desfrutar da brisa fresca que vem do mar ali bem pertinho. Corvo é encravado, mas tirando a falta de estrada que acho que ninguém dá por isso, há energia electrica 24 horas por dia, há telefone... Há muita água, doce e salgada. De um lado retira-se da terra toda a casta de verdura e do lado de lá, o peixe para completar a panela sempre ao lume. Corvo é um retiro, corvo é um encanto. Sempre que lá vou e passo dois ou três dias, sei que no regresso à azáfam do meu quotidiano conto com a garantia de mais uns aninhos de vida. Mas não posso deixar de fazer referência ao caminho que nos leva até corvo. De ponta do sol, passando por fontainhas (até posso ir de carro mas a "manha" de fotografar sempre me faz despensar as 4 rodas); depois de fontainhas até corvo, obrigatoriamente à pé, é um fascínio indescritível. Amo a minha ilha, caramba!

3 comentários:

Bitim disse...

Benvindo, obrigado pelo artigo maravilhoso sobre o meu e nosso recanto - Corvo. Como tenho saudades desse lugar!

Anónimo disse...

CABO VERDE

Ilhas de pedra
Abraçadas pelo mar,
Tingidas de verde musgo,
Com seus vales de pomar!

Cabo Verde é uma terra rica,
Paraíso em alto-mar,
O seu povo é sua riqueza,
Sinônimo de trabalhar!

Terra da fartura,
Terra da beleza,
Terra do sal,
Templo da natureza!

Autor: Poeta Sebastião Santos Silva - Brasil

Anónimo disse...

CABO VERDE

Ilhas de pedra
Abraçadas pelo mar,
Tingidas de verde musgo,
Com seus vales de pomar!

Cabo Verde é uma terra rica,
Paraíso em alto-mar,
O seu povo é sua riqueza,
Sinônimo de trabalhar!

Terra da fartura,
Terra da beleza,
Terra do sal,
Templo da natureza!

Autor: Poeta Sebastião Santos Silva - Brasil