Ribeira da Torre
" Uma das ribeiras mais sinuosas de Santo Antão, a Ribeira da Torre é um convite à descoberta de pequenas plantações de banana, ao longo das encostas e propriedades agrícolas familiares ricas e exuberantes. A estrada, de terra batida, ladeia um grupo de coqueiros que balança ao sabor do vento, como num acto de boas-vindas ao visitante.
Da origem da designação Torre pouco se sabe, mas tudo indica que a imponente torre de pedra que se ergue logo na primeira curva, no lugar de Longueira, não passou despercebida aos primeiros povoadores do local. Longueira é, também, o nome de uma das maiores propriedades agícolas da região. Cana-de-açúcar, banana, mandioca, papaia, bata-doce, são produtos que se podem encontrar aqui, ao lado de árvores de fruta-pão e um dos mais antigos trapiches de aguardente da região.
Atravessada por cursos de água de regadio que desce das encostas, a estrada penetra a ribeira, onde serpenteiam levadas que trazem a água fresca das fontes no alto das rochas e dos reservatórios. Das casas das encostas chegam-nos os acordes dos últimos êxitos dos artistas locais radicados na Holanda; janelas e portas abertas, pátios solarengos convidativos à contemplação e ao lazer. O clima é mais fresco, húmido, porque os raios de Sol apenas aqui e ali se fazem sentir e durante poucas horas do dia.
Ao longo de mais de uma hora de marcha plantações e povoações sucedem-se e a ribeira estreita-se, entre duas vertentes agudas na rocha, para tornar a abrir-se num pequeno e curto vale, antes da próxima e misteriosa curva.
No final do nosso passeio, chegamos a Xô Xô onde se encontra a antiga propriedade da família Rocheteau: a velha casa cor-de-rosa de batentes de portas e janelas azuis, isolada, à sombra da vertente da montanha que se ergue várias dezenas de metros acima. A família há muito que deixou Santo Antão rumo a Portugal. A propriedade pertence agora ao Estado. Mas todos na região se recordam e falam do senhor Rocheteau como se fosse um parente...
Depois de Xo Xo a estrada – agora calcetada – faz uma curva para a direita e inicia uma subida íngreme, torneando a encosta, para ir ao encontro da estrada principal que liga Ribeira Grande a Porto Novo. O caminho é lento e depois de se ter percorrido toda a Ribeira da Torre, é preciso muito fôlego para continuar, mas vale a pena. Grupos de turistas e visitantes costumam combinar o encontro com a carrinha de transporte no final da caminhada. "
" Uma das ribeiras mais sinuosas de Santo Antão, a Ribeira da Torre é um convite à descoberta de pequenas plantações de banana, ao longo das encostas e propriedades agrícolas familiares ricas e exuberantes. A estrada, de terra batida, ladeia um grupo de coqueiros que balança ao sabor do vento, como num acto de boas-vindas ao visitante.
Da origem da designação Torre pouco se sabe, mas tudo indica que a imponente torre de pedra que se ergue logo na primeira curva, no lugar de Longueira, não passou despercebida aos primeiros povoadores do local. Longueira é, também, o nome de uma das maiores propriedades agícolas da região. Cana-de-açúcar, banana, mandioca, papaia, bata-doce, são produtos que se podem encontrar aqui, ao lado de árvores de fruta-pão e um dos mais antigos trapiches de aguardente da região.
Atravessada por cursos de água de regadio que desce das encostas, a estrada penetra a ribeira, onde serpenteiam levadas que trazem a água fresca das fontes no alto das rochas e dos reservatórios. Das casas das encostas chegam-nos os acordes dos últimos êxitos dos artistas locais radicados na Holanda; janelas e portas abertas, pátios solarengos convidativos à contemplação e ao lazer. O clima é mais fresco, húmido, porque os raios de Sol apenas aqui e ali se fazem sentir e durante poucas horas do dia.
Ao longo de mais de uma hora de marcha plantações e povoações sucedem-se e a ribeira estreita-se, entre duas vertentes agudas na rocha, para tornar a abrir-se num pequeno e curto vale, antes da próxima e misteriosa curva.
No final do nosso passeio, chegamos a Xô Xô onde se encontra a antiga propriedade da família Rocheteau: a velha casa cor-de-rosa de batentes de portas e janelas azuis, isolada, à sombra da vertente da montanha que se ergue várias dezenas de metros acima. A família há muito que deixou Santo Antão rumo a Portugal. A propriedade pertence agora ao Estado. Mas todos na região se recordam e falam do senhor Rocheteau como se fosse um parente...
Depois de Xo Xo a estrada – agora calcetada – faz uma curva para a direita e inicia uma subida íngreme, torneando a encosta, para ir ao encontro da estrada principal que liga Ribeira Grande a Porto Novo. O caminho é lento e depois de se ter percorrido toda a Ribeira da Torre, é preciso muito fôlego para continuar, mas vale a pena. Grupos de turistas e visitantes costumam combinar o encontro com a carrinha de transporte no final da caminhada. "
Texto: JA (extraído aqui)
Foto: BCN