19 fevereiro 2010

O vale, o verde e a (falta de) estrada III

Esta notícia reavivou a minha apetência para ser, as vezes, tão fastento, ou melhor, inguniód ou peterrnênte, como queira, para estar a escrever sempre sobre determinados assuntos. Ribeira da Torre, neste caso. Esta é, pelo menos, a terceira vez que eu trago este assunto para o Sinta10. Primeiro foi aqui e mais tarde aqui…hiihih.

Mas só quem conhece as potencialidades do vale, um dos maiores celeiros da ilha, entende a angústia da sua gente em ainda não ter uma estrada decente. Sim, sim, sim… as obras para a construção da estrada de penetração do vale já começaram, sei. Mas, não é com o começo das obras que o pessoal deixa de sofrer as consequências da falta de estrada, é só quando a infra-estrutura estiver prontinha.

Sabe uma coisa, caro leitor, vou parar de gungar e cunvdób pe deliciá exe foto: 



NB: Sempre que, na Praia, sou obrigado a comer, por preço de ouro, uma bananinha, daquelas que fazem lembrar “menino nascido na fraqueza de lua”, como diria Baltazar Lopes, lembro-me do vale, onde as bananas são gordas e luzídias. Hah milpés! Foi preciso quase 3 décadas para hoje virem “descobrir” que "A eliminação do milpés em alguns tubérculos através de imersão em água a temperatura ambiente por um período de 20 minutos mostrou uma eficácia de 100%... ". 

Apetece-me gritar bem alto: EUREKAAAAAAA!!!!


Fotos: BCN

4 comentários:

Paulo disse...

Caro Benvindo,
Estarás certamente ao corrente da catástrofe em curso na Madeira, ilha macaronésia com um relevo do mesmo tipo do de Santo Antão. Ao construir estradas em ribeiras de regime torrencial, como a ribeira da Torre é necessário não comenter os mesmos erros que foram cometidos no Funchal com a canalização e estrangulamento do leito de cheia
Abraço

Anónimo disse...

Muito lindas Benvido...Dveras BRAVO!!!
Foi por um "pilinha" que nao consegui ver o meu "Berço"(na terceira foto) mas pronto, la està a encosta toda verdejante e o fundo da ribeira, onde vivem os meus pensamentos neste instante. E para quem è "condenado" à Terra Longe, devo dizer-te que isso vale mais que todo o ouro do mundo. Merci!!!
Quantas manguinhas nao comi daquela mangueira (do sr. Domingos se nao erro). E os banhos na "gleria" que foram goles e mais goles de agua bebidas, antes de aprender a "Boiar" e outros tantos de vara de feijoal que me esperavam em casa, por "cumperment". E quantos caquinhos na longueira(que para mim era uma simples calda penteada...sinto mesmo agora o cheiro!!!). E de novo mangas no sr Alexandre de Bintin. E as cervejinhas e a biscarada no Antaozinho e em Varzinha. Dois chutos no campinho. Mas de todas, particular comoçao para as Biscadas aì no mestre Djo D'Hortencia, ne tchida de Lomb: Verdadeira manifestaçao da vivencia do nosso ser Santantonense! Saudades daqueles que nos deixaram, mas que vivem nos nossos coraçoes.
Meu Amigo, deixe-me dizer-te que recordar è VIVER! Isso mesmo.
QUE VENHAM MAIS E MAIS
Abraço pra ti è para Ribeira da Torre.
Ps: Espero poder recordar tambem Celada e Ribeirinha de Jorge.

Benvindo Chantre Neves disse...

É verdade Paulo, nem precisamos ir tão longe. Basta ver aí ao lado, a estrada de penetração do vale da Ribeira Grande. Certamente deves saber que ficou bastante maltratada com as últimas chuvas de Outubro. Houve partes que foram para o mar, outras ficaram com grandes fissuras. Por isso, a que aprender com essas experiências.


Anónimo, ja deliciei-me com as tuas recordações. É que, ao sabor das tuas descrições, acabei por ir revivendo também a minha vivência no vale. Um dia desses preparo um post sobre Ribeirinha de Jorge, para poderes relembrar figuras como Tutu de Selada, Ménel Broco, Jorge kéremba, entre outros.
Fiquei curioso por saber quem és, deverias ter identificado, não faria mal nenhum, hahaha

Abraço

Entreclics disse...

oi Bavas, forti fotos lindo...n tinha sodadi bu Sinta 10...bjs