13 março 2012

Adeus, Calú

Varzinha (Foto BCN)
A comunidade de Varzinha e Lombo de Pedrene, a Ribeira da Torre no geral, está triste com a morte precoce de Calú de Jorgina. Um jovem que perdeu a vida exactamente na estrada que há duas semanas era inaugurada, para o contentamento dos habitantes do vale, que agora se gabam de ter a primeira estrada asfaltada do concelho.
Sei que, quando alguém morre, o discurso tende a ser sempre o mesmo, mas certo é que guardo boas recordações do jovem. Não consigo deixar de pensar numas gargalhadas impressionantes que o Calú um dia dava insistentemente la ne club d'Montanha, perante algumas cenas de teatro dançante do meu irmão Jair. Ele era muito amigo da malta de Ribeirinha de Jorge e chegou mesmo a integrar a equipa da zona, Montanha. Estamos muito tristes. Vou lembrar sempre daquelas gargalhadas, soltas, despreocupadas, e infinitas naquela noitinha lá ne Fundo de Morés, Calú.

4 comentários:

rcneves disse...

Foi uma morte trágica de um jovem que tinha como virtude a sua simplicidade! este acidente acaba por ofuscar o brilho que vi nos olhos dos torrenses há semanas quando visitei a minha ribeira com a sua estrada asfaltada. Já ouvi falar de estrada perigosa como se fosse um monstro pronto a atacar por aquelas bandas! É importante que condutores e peões saibam disfrutar com responsabilidade das nossas estradas modernas. Sentidos pêsames à família enlutada.
Um Abraço Bróda.

Benvindo Chantre Neves disse...

Pois é, nha mano, muito bem visto, a estrada sozinha, não faz nada a ninguém, a "longa cobra preta,estendida lânguida, pelo vale adentro, não ataca.. é preciso que sejamos nós a saber usá-la. Mas realmente foi uma tragédia que custa digerir. É inconsolável o desaparecimento do Calú.

Abraço

Benvindo Chantre Neves disse...

Pois é, nha mano, muito bem visto, a estrada sozinha, não faz nada a ninguém, a "longa cobra preta,lânguida, estendida pelo vale adentro", como alguém um dia chamo-a, não ataca.. é preciso que sejamos nós a saber usá-la. Mas realmente foi uma tragédia que custa digerir. É inconsolável o desaparecimento do Calú

Abraço

Jair Neves disse...

ê impressionante, mano, até parece telepatia!!! a primeira imagem que me veio à mente quando soube da trágica notícia que ceifou a vida à esse filho amigo do vale, foi precisamente a gargalhada interminável do Calú, após às tais "pernas" de dança que ensaiei... perdura em mim essas gargalhadas francas e amigas....................