Esta notícia fez-me recuar alguns anitos (cerca de seis) e recordar a altura em que percorríamos diariamente a pé o trajecto Ribeira da Torre - Vila da Ribeira Grande, para assitir às aulas no liceu Suzete Delgado. Bem, no meu caso, nem eram grandes distâncias. Da minha Ribeirinha de Jorge até ao centro da vila são menos de 3 kilómetros, percurso esse que fazíamos em 25/30 minutos. Mas tinha colegas de turma que, por morarem mais acima, galgavam a pé cerca de 5 ou mais kilómetros até chegarem ao liceu.
Fotos: asemanaonline
Ainda não havia autocarros e estávamos tão acostumados! A nossa maior inimiga era, sem dúvidas, a fumaça levantada pelos carros e pelas esporádicas ventanias. Éramos obrigados a lavar o nosso uniforme duas ou três vezes por semana, porque senão, a gola que era verde-clara ficava castanha. Mas não era só a roupa. Os nossos sapatos também sofriam. As solas gastavam-se facilmente e, (in)felizmente, ainda as lojas chinesas eram insignificantes.
À entrada da vila, lá na K'Beça de Vaca como diz minha avó, montávamos uma autêntica estação de lavagem e recauchutagem das nossas "rodas", para que elas não parecessem castanhas em vez de pretas.
Bem, hoje há viaturas de aluguer a cobrar 20, 30, 50 escudos, conforme a distância, para quem quiser e tiver possibilidades de ir de carro. Há também o autocarro escolar para aqueles que moram um pouco mais distante - o "Bagdad" - conforme os rapazes trocistas do vale o apelidaram por causa da sua cor que mais parece uma máquina das Forças Armadas. Neste momento está parado por causa das péssimas condições da "estrada" de penetração do vale. A "estrada" que corre para o mar sempre que uma chuvinha mais intensa origina um ribeiro.
Bem, hoje há viaturas de aluguer a cobrar 20, 30, 50 escudos, conforme a distância, para quem quiser e tiver possibilidades de ir de carro. Há também o autocarro escolar para aqueles que moram um pouco mais distante - o "Bagdad" - conforme os rapazes trocistas do vale o apelidaram por causa da sua cor que mais parece uma máquina das Forças Armadas. Neste momento está parado por causa das péssimas condições da "estrada" de penetração do vale. A "estrada" que corre para o mar sempre que uma chuvinha mais intensa origina um ribeiro.
1 comentário:
Até tenho saudades...mtas saudades! Eu fazia aquela caminhada com tanto gosto que nem me cansava. Mas quando apanhava uma boleia ficava tao contente! Ia nos carros com um sorriso de orelha a orelha!!
Adorei a minha vida de estudante de R. da torre!!!!
belos tempos...
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