Tal como já tinha prometido aqui, Sinta10 retoma o tema Sete Sóis Sete Luas. Não sei o que me deu, mas o certo é que um pressentimento me dissera na altura que a notícia do adiamento mais não seria do que o adiamento do anúncio de cancelamento.Dito (quer dizer, pensado) e feito!
A Câmara Municipal da Ribeira Grande decidiu cancelar definitivamente a edição 2009 do Festival Sete Sóis Sete Luas. Segundo disse à RCV o vereador Arlindo Fortes, uma das opções seria associar o Festival às festividades do Município (17 Janeiro), mas o Director Internacional do Festival sugeriu que fosse realizado em finais do mês de Janeiro, por dificuldades de conciliação de agenda.
Foi então que a porca torceu o rabo. A Câmara achou que "seria muito dispendioso fazer o festival pouco tempo depois das festas do município" e decidiu cancelar esta edição.
Disse Arlindo Fortes que "é norma fazer um festival musical por altura das festas do município, pelo que seria difícil em termos de encargos realizar o Sete Sóis Sete Luas.
Cá pra mim seria mais adequado cancelar o dito festival de musica que conforme o (nosso) vereador é norma ser realizado todos os anos (!), e avançar com o Sete Sóis Sete Luas. Esse Festival é de âmbito Internacional e tem projectado bastante a pacata Puvoçon que, a que dizê-lo, não tem beneficiado de grandes projectos culturais, não obstante ser um viveiro de talentos. O festival tem revelado ser uma excelente oportunidade para intercâmbios culturais com países como Itália, Portugal e outas regiões do globo, não apenas na área musical mas também à nivel da pintura, escultura, teatro, sem esquecer as acções de formação que costumam acontecer no âmbito desse festival.
Não estaremos perante (+) um erro estratégico da Autarquia?
Tenho uma paixão especial pelo festival. Foi numa das suas edições (se não me engano foi mesmo na 1ª) que vi, pela 1ª vez Orlando Pantera a actuar, tendo mesmo ganho na altura o direito de ir gravar um disco, algo que não teve tempo de concretizar.Também foi nesse festival que vi pela 1ª vez os Cordas do Sol ao vivo.
E assim vai a (nossa) Câmara. Um ano cancela o Festival Nacional de Violino, outro ano o Sete Sóis Sete Luas... Uadjébéééék!!!